ENTREVISTAS


Em 2006, Lia Formiga já mostrava talento no programa Revista Meio Norte . Na época, ainda sob o comando de Vanusa Coellho



JOGO RÁPIDO
Um amor?
Culinária.
Um sonho?
Chegar ainda mais longe com o meu programa. Deixar ele completo. Estou trabalhando para deixá-lo bem mais completo em todos os segmentos.
Está no ar fazendo o que sempre desejou?
Sempre. Desde os sete anos de idade que eu sempre assistia a Ofélia, que Deus a tenha, e que foi uma das pioneiras com um programa de culinária e, eu desde criança sempre fiquei assistindo. E posso dizer que sou autodidata, pois nunca fiz um curso e aprendi, mesmo assim, a cozinhar olhando, assistindo televisão, vendo minhas tias preparando pratos para festas da família e fui comprando livros de receita.  Ia tentando e conseguindo, mas já agora, há uns dois anos, surgiu o curso de gastronomia e resolvi fazer, porque o curso é algo que te dá muita bagagem, enriquece e depois do curso pretendo partir para uma pós-graduação.
Um presente?
Meu programa chegar a ser nacional.
O maior vexame que já passou?
O maior vexame que eu já passei na minha vida?! Nossa Senhora! Agora pra lembrar...
- Ah, já aconteceu tanta coisa...
O maior vexame é trocar o nome das pessoas. Você chega à rua e encontra um conhecido e diz: “Oi Lia, tudo bem?” Aí você conversa com aquela pessoa e ela sabe toda a sua vida e você não sabe o nome dela. Fica aquela agonia de estar falando e daqui a pouco aquela pessoa percebe que você não está lembrando-se do nome dela. Acaba que você fica com a cara no chão. Isso, para mim, é o maior vexame que pode acontecer.
A maior gafe?
Vixe Maria, foram tantas! É difícil, pois quando a gente começa, a gente erra, a gente gagueja, tem os tropeços. Aqui, desde que comecei, acho que foi com o Informe. Aquela coisa de ficar sorrindo, querendo controlar o riso, quando passa algum palhacinho fazendo graça. Acontece que no meio do bloco você começa a sorrir, ou então fazem careta pra você. Mas no programa mesmo, a maior gafe é se queimar. A minha produtora não entende muito de culinária, apesar de ser uma ótima pessoa, às vezes pega a panela errada ou troca, ou até mesmo lava uma panela que ainda iremos precisar. Já aconteceu de adaptar algum ingrediente também.
Qual foi a melhor fase de sua vida?
Eu estou vivendo. Assim, a melhor fase é ser mãe. Eu sou mãe de uma menina de 2 anos e 9 meses que foi uma fase muito legal. E a outra fase boa foi desde o ano passado, por ter posto o meu sonho em prática. 

ENTREVISTA
Primeiramente queria que você explicasse como tudo começou. A entrada para o jornalismo, o convite para a TV e o momento atual.
Tudo começou assim: eu não queria jornalismo. Na verdade, eu fazia vestibular era pra nutrição, enfermagem, que era o que a minha mãe queria. Era o sonho dela e não o meu. Eu sempre quis estudar gastronomia fora, só que na época, rsrs, sem querer dizer que já sou velha. Sou nova ainda, rsrs. Mas na época, nem no Nordeste tinha curso de gastronomia. Só encontrava no Sul, Minas, São Paulo. E eu não tinha condições de poder fazer um curso fora, por ser muito caro, além do custo de vida. Meu pai faleceu, minha mãe preferiu que a gente ficasse por aqui, unidas, as três irmãs. Somos três mulheres. Então fiquei aqui, penando, naquela coisa de passa, não passa, passa, num passa e era muito concorrido, pois não tinha faculdade particular e você tinha que concorrer, e as vagas eram muito concorridas. Eu acabei entrando para publicidade, aí entrei e disse: ”não, não quero isso, vou pra jornalismo”. 
Fui pra jornalismo, me formei, antes de formada eu já tinha feito uma coluna no 180 graus, mas trabalhava com marketing no grupo Med Imagem e aí foi quando eu saí de lá que eu bati até a porta da TV Meio Norte, falei com meu diretor que hoje é o diretor de jornalismo, o José Osmando,pedi uma vaga, ele disse que não estava tendo vaga e que eles só estavam contratando estagiários e eu já estava com uma semana de formada. Aí eu disse que aceitaria trabalhar sem ganhar nada, sem ganhar dinheiro. E se eu não desse certo em 15 dias ele poderia me demitir. Fui insistindo, insistindo, até que tudo bem, ele topou. Ele disse: “Vou te colocar lá na produtora, você vai trabalhar na produção do programa Sábado Show”. Que era o do Ieldyson e da Ruama e passava aos fins de semana. Passei pouco tempo lá, mostrei realmente minha garra, a minha vontade de trabalhar. Depois fui para a produção  do Jornal da Tarde, que na época era com Maia Veloso e Elizabeth Sá. Eu saí da produção depois de um tempo. Fui para a produção do programa ‘A Voz do Povo’, com Silas Freire. Voltei com  Maia que  finalizou o projeto do Jornal da Tarde. Na época, o Silas trouxe o ‘Jornal Agora’, voltei a trabalhar com ele de novo. Do “Agora”, comecei a apresentar o Informe Meio Norte. Este, que foi a minha primeira aparição na TV. Depois continuei na produção do Bom Dia Meio Norte com o Ieldyson.
-O Informe Meio Norte foi um projeto seu?
Não, era um projeto que já tinha na casa. Eu tive a oportunidade de apresentar, mas deixei recentemente, porque não tava mais tendo condições de absorver tudo isso. Aí saí, fui para a produção do Ieldyson, depois passei um período em licença-maternidade. Voltei e continuei na área de produção. Atualmente, estou de volta com a Maia Veloso no 70 Minutos. Continuo produzindo jornalismo.  E trabalho no meu projeto, ainda tenho muitos outros para colocar em prática. Vou começar agora cursos em Fundações para meninas que querem aprender a cozinhar para entrar no mercado de trabalho, tenho minha revista e tenho vários outros projetos. Não paro. E ainda sou assessora de imprensa de deputados.
Em quem você se espelha atualmente. Temos Ana Maria Braga, Palmirinha (fora do ar), Edu Guedes e uma infinidade de outros culinaristas, com quem você se acha mais parecida assim na cozinha?
A Ana é a Ana Maria. Quando a gente fala de culinária todo mundo sabe que tem a Ana Maria, Edu Guedes, a Palmirinha que acho que ela é bem da época da Ofélia. Mas eu gosto mesmo do estilo da Ana, acho bem natural, despojada, bem extrovertida e é uma forma que eu gosto. Eu não gosto daquela coisa meio montada.

-Uma atividade de prazer mesmo?
Isso. De prazer, pronto. Ela demonstra isso. Então eu acho que eu me espelho mais com esse perfil dela, mas também adoro o Edu Guedes e a Palmirinha também.

Você está no ar há um ano, está prestes a lançar uma revista e continua a todo vapor. O que podemos esperar de Lia Formiga nos próximos tempos?
É como eu já falei, a gente lançou a revista, que é trimestral, o programa agora vai ter uma nova roupagem em 2012. Novas roupas, novas tendências, roupas desenhadas e criadas por mim. E eu vou procurar dar um estilo diferente que tem causado muito sucesso, depois que eu entrei.
-Um toque de Lia é isso?
Um toque de Lia, exatamente. Já tem uma empresa que faz parceria, mas eu vou dizer como vou querer. E quero voltar ao ar com domas bem diferentes, elas ainda vão ser comercializadas com minha grife no meu site que eu estou também criando depois da revista. E no site vai ser comercializado não só domas, como também utensílios, canecas, pratos, com a marca do programa e da revista Cub Gourmet.
Pode-se dizer que o Espaço Gourmet tem aberto ainda mais portas para o seu sonho?
Ele está agora me abrindo as portas comercialmente, aonde eu posso trabalhar com o marketing do meu programa, cursos, concursos e lançar também no mercado, que é o de vendas pela internet, produtos que já utilizo aqui no programa e que também é bastante elogiado pelos telespectadores.



Como foi encarar um gênero pouco explorado na TV local, sendo que na maioria das vezes, para se manter no ar é preciso “vender bem”, ou seja, ter muitos anunciantes?
Eu hoje tenho uma família, ganhei uma família, meus patrocinadores são isso. Já tenho intimidade de frequentar festas na casa deles e de estar conversando por telefone. Não conhecia nenhum, bati a porta mesmo, foi na aventura, indo atrás. E achando alguns patrocinadores, eles me indicaram outros. Um foi indicando o outro. Hoje a gente faz parte de uma família, eu não consigo mais pensar minha vida sem eles na minha rotina, no dia a dia. Tenho muito que agradecer à Novafapi, a Cristina Miranda, que foi uma pessoa espetacular para esse programa dar certo. A Lívia Guimarães com a Dell Anno. O Cláudio também. A Serv Cozinha, em nome do Seu Geraldo e do Wallisson. Foram pessoas fundamentais. O James Andrade que é do Tempero da Vovó. A Casa das Linhas, o Jupi, enfim todas essas pessoas que apostaram no escuro. Por que o programa ainda não estava no ar.

Uma pausa, Lia vai agora para a gravação do último bloco do programa (...)
Retomada ( 5 min. depois)
Agora provando o cuzcuz 40 preparado pela participante do programa, ela nos responde:

Apesar de ter um foco muito especifico, inclusive com o cenário já numa cozinha, o programa tenta diversificar. Recentemente você foi a São Paulo mostrar a Feira Internacional de Gastronomia Prazeres da Mesa Brasil-Itália. Quais serão os próximos destinos?

O espaço gourmet esse ano de 2012 vai ser bastante itinerante. A gente está programando um roteiro  para cobrir esses grandes eventos gastronômicos. Próximo ano em São Paulo nessa feira que eu fui que para mim é o maior evento enogastronomico do Brasil e acontece do dia 5 ao dia 9 de novembro, mas antes disso eu já vou está em SP porque vai ter uma feira de doces e decoração. Uma feira de panificação em junho. A equipotel, que é outra feira de equipamentos de tecnologia para cozinha e a Feira Prazeres da Mesa. Mas nesses intervalos, a gente vai procurar ir para cidades aqui por perto que tem os nossos festivais de gastronomia e prestigiar a culinária local. E temos também viagens agendadas para Recife.

E a resposta do público? Como é nas ruas, alguém já te pediu alguma receita pessoalmente?
Eu não consigo mais fazer supermercado tranquilo e rápido. Adoro o carinho, sou bastante receptiva e a frase que eu mais escuto nas ruas é: “Nossa mais na televisão você é tão gordinha...” E no ar eu já digo: “é a roupa, e tudo, também estou num regimezinho, é difícil gente!” E toda hora me perguntam o que fazer para a comida, o que colocar. Aí eu paro, vou conversar, dar dicas, dar receitar, anotar. E isso acontece até com os participantes. O ex-deputado Leal Júnior ainda hoje é surpreendido nos lugares com pessoas que chegam com papel e caneta para que ele anote as receitas dele. Eu acho isso legal, esse feed back, que recebo muito bem, não há um telespectador que eu não atenda. A Laiana é uma telespectadora que conheci pelo facebook, trocando receitas e eu atendo a todos, sempre que posso.

Tem pretensão em fazer duas edições semanais do programa?
 Sim, sim, tudo pode acontecer. Ele já tem reprise, pode até se tornar diário, talvez, não sei. Mas é uma coisa que vai requerer um longo tempo. Não para agora, mas em longo prazo.

Agora te pergunto: e o público masculino, assiste ao programa? Geralmente eles são mais tímidos na cozinha.
Sim. Inclusive meu programa compete com horário de jogo, mas eu tenho ficado besta! Outro dia eu entrei numa loja de carnes e tomei um susto, a mulher disse: “Olha amooor, é ela!” – Meu marido é seu fã, faz suas comidas.
Outro dia fui deixar um convite na casa de uma amiga minha e o segurança: “Essa é a Lia Formiga num é?” Eu posso dizer que de 100% do público, 40% ou mais é masculino.

A idealização de uma revista gourmet nos moldes piauiense é uma experiência inédita. É um novo desafio para você?
É um novo desafio. Contei com a ajuda de grandes profissionais, de vários chefs que fazem parte dessa edição e com apoio do meu marido que é o editor-chefe e foi quem me ajudou muito, o Ananias. Eu sou a diretora e ele é o editor e a gente montou junto esse trabalho. Ele editou juntamente com os amigos, com o Tupi (designer gráfico). É uma revista gostosa, onde você não irá encontrar somente receitinhas, pois terá matérias legais com colunas de doces, bebidas, enfim é uma revista completa para quem gosta de se informar bem de tudo o que há de novidade aqui no Brasil, Regional e, fora do Brasil.

 Explica pra gente como vai funcionar essa revista. Qual o diferencial aparentemente que ela vai trazer em relação às nacionais?
Vai ser uma revista trimestral. A próxima sai no finalzinho de fevereiro e começo de março. Ela está trimestral, mas pretendo torná-la no máximo mensal, pois tem muito conteúdo pra isso e estou me organizando, já que tem público e eles me cobram muito.
 -A tendência é crescer mais e mais?

É sim. Como te falei, pretendo abandonar a área do jornalismo porque estou com outros planos para a área gastronômica.


O que ainda falta fazer na TV e fora dela para você se tornar realizada?
Acho que já me realizei na TV. Estou caminhando para deixar o programa no ponto de levar para qualquer lugar por aí afora. Já recebi muitos elogios, já mandei meus vídeos pra fora e chefs que já passaram por Ana Maria Braga e Edu Guedes e foram ao Espaço Gourmet dizem que a estética do programa e o programa em si, não deixa nada a desejar a qualquer outro nacional.

Falando de amor agora. Lia você já é casada tem uma filha. Jornalistas os dois e pela 2ª na mesma empresa. Como foi esse encontro com Ananias Ribeiro?

- Faculdade. Comecei a fazer a faculdade de jornalismo, tranquei um período, aí depois voltei e caí na sala dele. Ele não gostava de mim, me achava metida, mas eu acho que já era o coração dando algum sinal. Ele depois viu que realmente estava era interessado e começou a mandar cartinhas. Ainda hoje guardo o primeiro bilhete que ele me mandou. O primeiro que recebi dele na faculdade e depois disso começamos a namorar, durante 5 anos de curso naquele vai e volta, e o resultado deu nisso. Um casamento e uma filha linda, graças a Deus, a Analy.


A Analy é a alegria da casa...?
É a alegria da casa, é o xodó, é a minha maior fã. Fala de mim no colégio. As professoras me falam que ela diz na escola que a mãe dela tem um programa que chama-se Espaço Gourmet no Meio Norte.

Ela assiste ao seu programa?
Assiste. Já veio aqui, participou do especial do Dia das Crianças e participa muito dos bastidores porque come muito!

Como é a Lia em casa. Você que fica no comando da cozinha?
Não, não fico porque eu trabalho o dia todo. Mas adoro receber os amigos em casa para fazer alguma coisa. Mas no final de semana sim. No fim de semana, a panela é minha! Quando não temos gravação aqui no sábado, eu estou sempre no comando da cozinha. Geralmente, gosto de preparar mais à noite. Já que no final de semana eu corro muito, várias coisas para organizar de casa, dar atenção a filha, à família.

Finalizando. Quais são as novidades para 2012 na revista, no programa e na TV?
Na TV o novo cenário que acho difícil ficar mais bonito do que esse aqui.  Tem a revista. O site e a grife que estarei lançando. Muita coisa aí pra 2012!

- Vai sentir falta? Vi que você já estava se despedindo da cozinha...
Sim, sim. Acho esse cenário perfeito e já recebi muitos elogios a respeito.



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ENTREVISTA COM CLÁUDIA BRANDÃO
Aqui segue a Primeira parte da entrevista com a jornalista Cláudia Brandão. Mulher dedicada que ama o que faz e o mais importante : faz o que ama.
Essa profissional que está no jornalismo há mais de 20 anos é uma raridade de simpatia.Quando solicitamos esta entrevista a ela, prontamente se mostrou solícita mesmo trabalhando muito arranjou um tempinho para nós do PORTAL 8.
Espero que agrade a todos.

Cláudia, sendo você editora chefa do Bom Dia Piauí, carrega em si uma grande responsabilidade: fechar um telejornal. Como é sua rotina de trabalho atualmente?
R- É uma rotina bem puxada. Acordo diariamente às 5h da manhã e, em pouco tempo, já estou na TV para checar se há alguma informação nova que ainda não estou sabendo ou para editar alguma matéria  feita mais tarde. Checo novamente o script preparado na noite anterior e acompanho todo o telejornal, fazendo as modificações necessárias, próprias de um programa ao vivo.  Durante todo o restante da manhã procuro pautas e entrevistas interessantes para o programa do dia seguinte.  À tarde, retorno à TV para a edição de matérias e redação do script. Esse trabalho costuma ir até às 21h, 21h30. Toda sexta-feira, participo ainda de um quadro fixo de entrevista especial feita ao vivo durante o Bom Dia.

Jornalista é uma profissão que exige 24hrs de serviço, e você dedica boa parte divulgando notícia pelo seu micro blog pessoal.  Hoje você se sente realizada com o que faz? E a emissora (TV Clube) cobra muito de você?
R-Graças à Deus, gosto muito do meu trabalho. Do contrário, não conseguiria levar uma rotina tão puxada, já que no jornalismo nós não temos direito a feriados ou finais de semana.  A emissora cobra um padrão de qualidade diferenciado, que é o padrão Globo de jornalismo, com o qual nós já nos adaptamos e temos prazer em realizar, pela ética e responsabilidade desenvolvidas. Quanto ao microblog ( twitter) tornou-se uma paixão. Entre uma matéria e outra, gosto de abrir uma janela para postar alguma informação nova. O imediatismo e o alcance do twitter são fascinantes.

A Rede Globo, como todos nós conhecemos, exige um padrão de qualidade de suas afiliadas em todos os programas que vão ao ar. Existe alguma restrição, ou seja, alguma matéria ou programa que sejam vetados por incompatibilizar com essa exigência de qualidade?
R- As restrições dizem respeito a tudo que possa agredir a boa informação ou que firam a integridade das personagens envolvidas. Pelo nosso manual não divulgamos notícias sobre suicídios, por exemplo, assim como não informamos o valor de resgate de sequestros para não estimular a ação de bandidos. Também temos o cuidado de não exibir imagens muito chocantes de tragédias ( como corpos carbonizados ), já que os horários de telejornais coincidem com os de refeições em família ( café, almoço e janta). São cuidados que temos para informar sem agredir o nosso telespectador .
Cláudia, você trabalha com a ‘’matéria bruta’’ do jornalismo, posso dizer assim; Qual a notícia, fato ou curiosidade que mais lhe chamou a atenção?
R_ Já vi tanta coisa que é até difícil dizer. As tragédias sempre chamam a atenção. E uma das mais recentes foi a da barragem de Algodões, até mesmo porque poderia ter sido evitada.

Você trabalha na TV Clube há quanto tempo?
R- Há 22 anos. Comecei como repórter quando ainda era estudante de jornalismo.

Como você divide seu tempo  para o trabalho e para o lazer em família, consegue conciliar duas tarefas?
R-Está ficando cada vez mais difícil. Rs,RS. Atualmente, só sobra o sábado, quando normalmente tenho um monte de tarefas domésticas acumuladas, e o almoço de domingo. Este é sagrado. Faço questão de almoçar com toda a família na casa da minha mãe.

E nesta 2ª parte, Cláudia responde questionamentos sobre política, profissão, twitter.
Sobre política, confira a sua opinião.
''A profissão sempre vale à pena para quem gosta e tem vocação'' 
E logo no começo, ela revela o que todo mundo quer saber:
Existe mesmo um rixa entre o governo e a TV Clube? - Acompanhe a seguir.




Em 20/08/10 foi publicado no portal 180graus a seguinte manchete: "Jornalista diz que Wilson Martins 'quebrou acordo' e não foi dar entrevista. " No qual a entrevistadora era você, no momento ficou claro que as relações entre Wilson Martins e TV Clube não eram das melhores. Inclusive você chegou a publicar no twitter que Wilson estaria ‘fugindo da raia. ’Sobre esse assunto o que tem a esclarecer, existe mesmo esse mal entendido?
R- Eu não era a entrevistadora. Ele seria entrevistado no PI TV 2ª Edição, dando sequência a uma série de entrevistas com os candidatos. Foi muito chato porque todos os outros candidatos participaram, com a exceção dele, que já havia combinado. É sempre uma frustração quando o entrevistado não comparece a uma entrevista. Mas nunca houve relações estremecidas entre ele e a emissora , mesmo porque sempre o tratamos com o máximo respeito.  Na época da campanha gravei uma entrevista com o então candidato Wilson Martins na sua residência que, meses depois, ele me disse ter sido a melhor entrevista que ele havia concedido naquela época.

Sobre a profissão, o que você tem a comentar? E para os que sonham em ser jornalistas, vale à pena seguir a carreira? O mercado necessita de novos jornalistas ou não há mais espaço para eles?
R- Sempre vale à pena para quem gosta e tem vocação. Mas é preciso deixar claro que, ao contrário do que parece, não há nada de glamour ou facilidade nesta profissão. Ao contrário, é um trabalho que exige muita dedicação, disciplina e quase nenhum descanso. É um trabalho de emoção, mas, acima de tudo, de transpiração. O mercado tem e terá espaço para os bons profissionais, aqueles que realmente têm competência e estão dispostos a trabalhar incansavelmente em busca de uma boa notícia.

A respeito do twitter, o qual você faz uso cotidianamente para postar notícias relevantes sobre o Estado. Foi um instrumento que auxiliou e tornou mais dinâmico a forma de trabalhar o jornalismo?
R- O twitter é fantástico, sem querer fazer qualquer tipo de trocadilho global. Informações que, ás vezes, não rendem uma pauta na TV, ganham uma ótima repercussão no twitter. Além disso, ele é ágil, objetivo, interativo e uma boa fonte de notícias.

E o jornalismo no Piauí, como você considera? A ética ainda é uma marca forte para o bom exercício da profissão?
R-Acho que o jornalismo piauiense oscila entre momentos bons e outros nem tanto. Em alguns momentos, vejo uma certa pendência para o jornalismo chapa branca, o que é muito triste, porque a natureza do jornalismo é o questionamento. Mas felizmente, estes são casos isolados. Tem muita gente boa na imprensa piauiense.

Bem, acabamos de passar por um período de eleições onde vários candidatos surpreendentes se lançaram na política, como dois exemplos: Tiririca (sucesso nas urnas) e Popó. Cláudia você acha que o voto, representa fidedignamente aquilo que o Brasil merece e vive atualmente?
R-Os parlamentares e gestores eleitos refletem os eleitores que os colocaram lá. Infelizmente, em um país de pouca leitura e pouca cultura, falsas celebridades ganham notoriedade rápida e acabam ocupando o lugar que deveria ser destinado aos bons políticos ( uma espécie rara, mas ainda existente). De qualquer forma, mesmo com esses percalços, ainda não inventaram sistema político melhor do que a democracia. Pelo menos, a gente tem a chance de trocar os eleitos a cada quatro anos.

A entrevista é um meio prático e bem aplicável a vários casos do jornalismo, e inclusive é um dos meios que estamos usando para chegar até você. Você como entrevistada e entrevistadora como considera essa questão?Tem algo a comentar sobre alguma entrevista que já fez?
R-Adoro entrevistar. É o que mais gosto de fazer no jornalismo. Já fiz várias entrevistas memoráveis, não daria para citá-las todas agora.

Agradeço a sua disposição em colaborar com o nosso trabalho, e fico feliz  por você ter sido a nossa primeira entrevistada. Você é uma jornalista de muita credibilidade e muito solícita, foi um prazer ter feito essa entrevista direcionada a você.
R´Obrigada, eu é que agradeço a atenção e a gentileza a mim dispensadas. 

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